O frio me consome... me dá vontade de te abraçar sem fim;
De te abraçar e ver a neve caindo na janela; de só levantar pra buscar um brigadeiro ainda na panela. Do beijo quente misturado com seu doce afago.. das incansáveis horas abraçadinhas na cama vendo um filme, qualquer filme.. vendo por ver.. por estar ali.. por você. Nossos corpos grudados, encaixados, sua nuca sempre perfumada, seu sorriso bobo quando beijo seu ombro, seu cabelo no meu rosto fazendo cócegas no meu nariz. Quando já é noite, de pé quer fazer algo, mando deitar denovo; obedece. Preparo um fondue de queijo.. pego as taças de vinho.. e falo que já pode vir.. impaciente, inquieta, vem batendo pé.. o cheiro de queijo penetra seu nariz antes de chegar e noto a sutileza dos passos.. a alegria no andar que se torna explícita em seu olhar quando vê tudo prontinho, bonitinho, e eu lá, de pé com duas taças cheias na mão.. pega-as e põe na mesa, me beija, agradece.. diz que nada poderia ser melhor.. que nunca achou que fosse gostar tanto do frio; do domingo.. da vida.

e eu entendo.. nunca achei que fosse gostar tanto;

dela.